A disfunção erétil (DE) é uma condição clínica complexa, que afeta muitos homens em todo o mundo. Trata-se de dificuldade em obter ou manter uma ereção suficiente para permitir uma performance sexual satisfatória, causando grande impacto na qualidade de vida do paciente e do casal. Estima-se que cerca de 150 milhões de homens no mundo sejam acometidos pela DE, com aumento da prevalência com o envelhecimento. No Brasil a DE moderada atinge 8,8% dos homens com menos de 40 anos e aumenta para até 27,8% nos homens com mais de 70 anos. Embora muito frequente, os homens se sentem envergonhados ou relutantes em falar sobre o assunto. Este texto tem como objetivo esclarecer o que é a disfunção erétil, suas causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento.
O que é Disfunção Erétil?
A disfunção erétil é caracterizada pela incapacidade de ter uma ereção firme o suficiente para a atividade sexual satisfatória. Essa condição pode ser ocasional, mas se torna um problema quando acontece com maior frequência. A DE pode impactar a autoestima, o relacionamento e a qualidade de vida do homem.
Qual o médico que trata a Disfunção Erétil?
O médico especialista em Disfunção Erétil é o urologista.
O Dr. Tiago Xavier é médico formado há mais de 16 anos formado na UFMG, especialista em urologia. Atua como preceptor do Hospital Universitário Ciências Médicas há mais de 10 anos ensinando e orientando os residentes da urologia na sua formação.
Dr Tiago Xavier é médico Urologista com Mestrado na área da saúde pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG). Realizou estudos sobre transplante renal e publicou o seu artigo em uma das revistas de maior relevância no mundo sobre transplante Transplant Immunology.
Quais São as Causas da Disfunção Erétil?
As causas da disfunção erétil podem ser divididas em físicas e psicológicas.
Causas Físicas
- Doenças Cardiovasculares: São muito comuns e associadas a problemas de circulação sanguínea, como aterosclerose, podem dificultar a ereção. O fator de risco principal para essa condição é o tabagismo.
- Diabetes: Essa condição pode afetar os nervos e os vasos sanguíneos, levando à DE.
- Hipertensão: A pressão alta pode danificar os vasos sanguíneos e interferir na ereção.
- Obesidade: O excesso de peso pode contribuir para a disfunção erétil devido a problemas hormonais e circulatórios.
- Doenças Neurológicas: Condições como esclerose múltipla, traumas raquimedulares e Parkinson podem afetar os nervos envolvidos na ereção.
- Hormônios: Níveis baixos de testosterona ou desequilíbrios hormonais podem causar DE.
- Medicamentos: Antidepressivos, medicamentos para hipertensão, inibidores da 5 alfa-redutase, anticonvulsivantes etc.
Causas Psicológicas
- Ansiedade: Preocupações com o desempenho sexual e uma expectativa fora da realidade podem dificultar a ereção.
- Depressão: Esta condição pode diminuir o interesse sexual e consequentemente causar a disfunção erétil.
- Problemas de Relacionamento: Uma relação saudável é muito importante para melhora da qualidade das relações sexuais, conflitos com o parceiro podem impactar a libido e a capacidade de ter uma ereção.
- Traumas Anteriores: Experiências anteriores negativas relacionadas ao ato sexual podem levar a medos e inseguranças e consequentemente à disfunção erétil.
Quais São os Sintomas?
O principal sintoma da disfunção erétil é a dificuldade em obter ou manter uma ereção satisfatória para uma relação sexual. Outros sinais podem estar presentes e incluem:
- Diminuição do desejo sexual.
- Ereções menos firmes.
- Ereções que não duram o suficiente para a relação sexual.
É importante lembrar que, ocasionalmente, todos os homens podem ter dificuldades para se manter eretos. No entanto, se a DE ocorrer frequentemente, é recomendável procurar um médico urologista para se tratar.
Como o Diagnóstico É Feito?
O diagnóstico da disfunção erétil geralmente começa com uma consulta médica. O médico tentará estabelecer se de fato se trata de um caso de DE e irá identificar as causas, possíveis fatores de risco e comorbidades associadas. Geralmente são abordados os seguintes tópicos:
- O histórico médico e sexual do paciente de forma minuciosa e, se possível, com entrevista com a parceira.
- O uso de medicamentos.
- O estilo de vida, incluindo hábitos alimentares e atividade física.
Além disso, exames físicos e laboratoriais como testosterona, hemoglobina e glicemia em jejum podem ser realizados para descartar condições subjacentes, como problemas cardiovasculares ou hormonais.
A disfunção erétil está muito correlacionada a doença arterial coronariana e a DE pode preceder um evento cardiovascular em dois ou três anos. Por isso muitas vezes uma avaliação em conjunto com o cardiologista é necessária.
Opções de Tratamento
Existem diversas opções de tratamento para a disfunção erétil. A escolha do tratamento dependerá da causa identificada e da saúde geral do paciente. Por se tratar de uma doença com vários fatores este tratamento poderá ser multidisciplinar e individualizado.
Medicamentos
Os medicamentos orais, os inibidores da fosfodiesterase tipo 5, são frequentemente prescritos e considerados a primeira escolha para o tratamento da disfunção erétil. Eles ajudam a aumentar o fluxo sanguíneo para o pênis, facilitando a ereção. Podem ser utilizados antes das relações sexuais ou diariamente dependendo do caso. É essencial usar esses medicamentos sob supervisão médica, pois podem ter efeitos colaterais, interações com outros medicamentos e são contraindicados em alguns pacientes.
Terapia Hormonal
Se a disfunção erétil estiver relacionada a baixos níveis de testosterona, a terapia hormonal pode ser uma opção. O tratamento pode incluir injeções, adesivos ou gel de testosterona. Importante não realizar reposição hormonal sem acompanhamento e indicação médica.
Injeções Penianas
Considerada segunda opção para tratamento da Disfunção Erétil é a injeção de medicamentos diretamente no pênis. Essas injeções ajudam a aumentar o fluxo sanguíneo nos corpos cavernosos através de relaxamento da musculatura lisa provocando a ereção.
Cirurgia
Em casos mais graves, a cirurgia pode ser considerada. A implantação de prótese peniana nos corpos cavernosos geralmente é o último recurso para o tratamento da disfunção erétil e utilizada quando as outras opções falharam. Existem dois tipos de próteses disponíveis atualmente, uma com dispositivos infláveis e outra com dispositivos semirrígidos.
Terapia Psicológica
Se a DE tiver uma causa psicológica, a terapia pode ser benéfica. Um terapeuta pode ajudar a tratar problemas emocionais ou de relacionamento que estejam contribuindo para a disfunção erétil.
Estilo de Vida e Prevenção
Algumas mudanças no estilo de vida podem ajudar a prevenir ou melhorar a disfunção erétil:
- Alimentação Saudável: Uma dieta equilibrada pode melhorar a saúde cardiovascular e ajudar a manter a ereção.
- Exercício Regular: A atividade física melhora a circulação, a saúde geral e, consequentemente, a ereção.
- Evitar Álcool e Tabaco: O consumo excessivo de álcool e o tabagismo podem contribuir para a disfunção erétil.
- Controle do Estresse: Técnicas de relaxamento, como meditação e yoga, podem ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade.
Importância da Comunicação
Conversar abertamente sobre disfunção erétil com o parceiro é crucial. A falta de comunicação pode levar a mal-entendidos e a conflitos que dificultam a vida sexual do casal. A compreensão mútua e o apoio emocional são essenciais para lidar com essa condição.
Considerações Finais
A disfunção erétil é uma condição que pode afetar homens de todas as idades, com maior prevalência com o envelhecimento. Embora seja um tema delicado, e considerado um tabu, é importante lembrar que existem tratamentos eficazes disponíveis. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando esse problema, não hesite em procurar ajuda médica especializada, um urologista poderá auxilia-lo neste problema. A disfunção erétil pode ser tratada, e com o suporte adequado, é possível recuperar a qualidade de vida, a satisfação sexual e, ainda, melhorar os relacionamentos.
Não deixe que a disfunção erétil impeça você de viver plenamente. A busca por informação e tratamento é o primeiro passo para superar esse desafio. Agende uma consulta com um urologista!!!
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